14 julho, 2007

Penso, logo resisto

*Por Maria Newnum
Na página 233 de A mosca Azul, Frei Beto diz: “Pensar dói. É tão mais confortável tudo estar previsto. Então a verdade nos é servida à boca como sopa quente em noite de inverno”.
Quem não pensa, não resiste. Aceita docilmente o que vem filtrado; diz o que dizem para ser dito. Quem não pensa, não resiste, confessa o “credo” mandado e pronto! “Basta ter fé, confiar. E se não alcançarmos os fundamentos teóricos da verdade, há a hermenêutica da autoridade a socorrer nossa ignorância”. (A mosca Azul, página 233).

A autoridade genuína seja na empresa, na Igreja ou na sociedade, só é identificada por quem pensa. Quem não pensa, toma o veneno de supostas “autoridades” como sopa quentinha em noite de inverno. Pensar, duvidar e reagir esfria a alma, cansa e dói até os ossos. Por isso é tarefa que poucos assumem como objetivo de vida. A maioria quer a sopa quente e um mapa pronto, para que mesmo “vendadas”, possam chegar ao destino traçado pelas “autoridades”. Abrir caminhos na floresta da vida é desafio para quem pensa. É para quem não se sente confortável com as sopinhas enfiadas goela abaixo nem com os mapas pré-fabricados por chefes, líderes religiosos ou políticos.

“Sofrido é encontrar-se numa encruzilhada após ter perdido o mapa da viagem. Ver-se obrigado a escolher um caminho, uma via, um rumo. Optar. Renunciar a tantas outras possibilidades. E ousar abrir o caminho com o próprio caminhar”. (A mosca Azul, página 233).

O poeta espanhol Antonio Machado sintetiza o caráter dos homens e mulheres resistentes da América Latina ao dizer: “Não existe caminho; o caminho se faz no caminhar”.

Mete-se em grande ilusão quem passa a vida seguindo cegamente a trilha de chão batido por passos alheios. Passa a vida achando que viveu, mas no final, não deixará história própria. Não existe caminho, a não ser aquele aberto com os próprios passos.

Evidentemente isso não implica arrogância tola dos que não consideram as pegadas deixadas por grandes homens e mulheres desse mundo e por pessoas anônimas como pais, mestres e amigos. Quem pensa, não ignora as pegadas generosas que servem de referência e ajudam a imprimir novas pegadas, no bom círculo vicioso da vida, que se renova e abre clareiras de luz na mata selvagem da vida.

Quem pensa, distingue as pegadas que merecem ser seguidas. Considera que cada passo do “seguir” não pode ser mera imitação a-crítica; é preciso pensar e ir além; deixar pegadas que iluminarão os que virão atrás.

Em Palavra a um General. Bertolt Brecht traduz brilhantemente a relação entre autoridade e indivíduos pensantes ao dizer:
“O vosso tanque, General, esmaga cem homens. Mas tem um defeito: Precisa de um motorista. O vosso bombardeiro, General, é poderoso: Voa mais depressa que a tempestade transporta mais carga que um elefante. Mas tem um defeito: Precisa de um piloto. O homem, meu General, é muito útil, sabe voar e sabe matar. Mas tem um defeito: Sabe pensar”. (Soc. dos Poetas Mortos - 1898/1956)

Bertolt Brecht ilumina os resistentes ao dizer:
“Há homens que lutam um dia, e são bons. Há outros que lutam um ano, e são melhores. Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons. Porém há os que lutam toda a vida. Estes são os imprescindíveis”.

Pensar e resistir são para os imprescindíveis da empresa, da Igreja e da sociedade, pois como disse Pablo Neruda “As piores cadeias são as da cabeça”.

Construa seu caminho a partir dos passos dos imprescindíveis. Pense, resista; liberte-se.
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* Maria Newnum é pedagoga, mestre em teologia prática, vice-presidente do Movimento Ecumênico de Maringá e integrante dO Grupo de Diálogo Inter-religioso de Maringá. Para comentar ou ler outros artigos acesse: http://br.groups.yahoo.com/group/LittleThinks

Verso e Voz - 14 de julho

O que oprime ao pobre para enriquecer a si ou o que dá ao rico certamente empobrecerá. - Provérbios 22.16

A mensagem das boas novas é da liberação dos seres humanos de tudo e todos/as que os/as mantém escravizados/as. - Elsa Tamez

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13 julho, 2007

Nota da Comissão para o Ecumenismo da CNBB

quinta: 12 de julho de 2007

Bento XVI, a Igreja e as outras Confissões cristãs

As recentes “Respostas” de Bento XVI sobre a Igreja têm uma finalidade precisa: evitar o que o Papa considera “relativismo eclesiológico” do ponto de vista da teologia católica. Isto resultou num texto breve, sem a preocupação de retomar as demais considerações (inclusive em tom positivo) já expostas em outros pronunciamentos oficiais da Santa Sé. Contudo, visando o diálogo com as demais Igrejas e Comunidades cristãs, cremos oportuno recordar o que segue:

1. Afirmar que a Igreja de Cristo “subsiste” (perdura integralmente) na Igreja Católica não nega a identidade cristã das outras Confissões, como insinuaram erroneamente algumas manchetes. Pois a Igreja Católica reconhece que as outras Igrejas e Comunidades expressam seu caráter cristão ao proclamar a redenção da humanidade em Cristo, segundo as Escrituras, e ao professar a fé na Santíssima Trindade, em cujo nome ministram o Batismo. Nossa fé comum no Evangelho não deve ser prejudicada pelas divergências doutrinais ainda existentes. Ao contrário, é em nome do próprio Cristo que insistimos em dialogar e orar juntos “para que todos sejam um” (Jo 17,21).

2. Além disso, no documento “Temas escolhidos de eclesiologia” a Comissão Teológica Internacional (presidida pelo então Cardeal Joseph Ratzinger) reconhece “autênticos valores eclesiais presentes nas outras Igrejas e comunidades cristãs”. Entre tais valores, a doutrina católica aprecia: o Batismo; as virtudes teologais; o culto de louvor e adoração a Deus; a contemplação dos mistérios de Cristo pela meditação bíblica; os dons interiores do Espírito Santo; as obras de caridade e o testemunho da justiça. Nisto verificamos que “a vida desses irmãos (evangélicos) é alimentada pela fé em Cristo, e fortalecida pela graça batismal e pela escuta da Palavra de Deus” (Unitatis redintegratio 23). Além disso, muitos católicos, ortodoxos, anglicanos e evangélicos se unem pelo martírio e pela colaboração fraterna para o bem da humanidade.

3. Aos irmãos e irmãs ortodoxos, anglicanos, reformados e evangélicos reafirmamos nossa estima, conscientes de que aquilo que nos une é muito maior do que quanto ainda nos separa. Aos irmãos e irmãs católicos, incentivamos que estudem os pronunciamentos da Santa Sé de modo integral, para formar agentes qualificados de diálogo ecumênico nas dioceses, pastorais e nos movimentos. A uns e outros convidamos a uma renovada intercessão pela reconciliação dos cristãos no único Corpo de Cristo, “para que o mundo creia” (Jo 17,21).

Brasília, 12 de julho de 2007

Dom José Alberto Moura
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral
para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso - CNBB

Respostas a questões relativas a alguns aspectos da Doutrina sobre a Igreja

Veja o documento da Congregação para a Doutrina da Fé, ratificado e mandado publicar por Bento XVI e que vem causando repulsa e reações de cristãos não-católicos em todo o mundo.

RESPOSTAS A QUESTÕES RELATIVAS A ALGUNS ASPECTOS DA DOUTRINA SOBRE A IGREJA

Reformados expressam perplexidade

GENEBRA, Suiza, Julho 11, 2007 / ALC

A Aliança Reformada Mundial (ARM) remeteu carta ao Vaticano, datada em 10 de julho, questionando a posição de Roma sobre o status das igrejas não-Católico Romanas, assinalando que a afirmação leva “a um tipo de pensamento e a uma atmosfera que prevalecia antes do Concílio Vaticano Segundo”.

A carta do secretário-geral da ARM, Setri Nyomi, dirigida ao presidente da Pontifícia Comissão para a Unidade Cristã, cardeal Walter Kasper, manifesta a perplexidade que causou no mundo não-católico esta declaração da Congregação para a Doutrina da Fé.

"Sentimo-nos desconcertados por uma declaração deste tipo neste momento da história da Igreja. Num tempo de fragmentação social em todo mundo, a Igreja de Jesus Cristo, na qual todos participamos, deveria afirmar seu testemunho comum e afirmar nossa unicidade em Cristo", menciona.

A missiva lembra que desde o Concílio Vaticano II os diálogos bilaterais entre católicos e reformados “tentaram compreender e sobrepor-se às diferenças que tivemos durante séculos”. Documentos extraídos desses diálogos “deram esperanças para a viagem de sobrepor-nos às diferenças e a afirmar a unicidade da Igreja de Jesus Cristo”.

O documento agora divulgado pela Congregação para a Doutrina da Fé “faz-nos questionar a seriedade com que a Igreja Católica Romana toma os diálogos com a família Reformada e outras famílias da igreja. Faz-nos questionar se realmente estamos orando juntos pela unidade cristã”, questiona Nyomi.

Ele destaca: “Pelo momento, damos graças a Deus que nosso chamado a ser parte da Igreja de Jesus Cristo não depende da interpretação do Vaticano. É um dom de Deus”. Nyomi afirma que os reformados oram pelo dia em que a Igreja Católica Romana vá além das suas reivindicações exclusivistas, para que “possamos avançar na causa da unidade cristã” pela qual Jesus orou.

Luteranos recebem documento do Vaticano com "desalento"

PORTO ALEGRE, Brasil, Julho 11, 2007 / ALC

A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) recebeu o documento "Respostas a questões relativas a alguns aspectos da doutrina sobre a Igreja”, divulgado ontem pela Congregação para a Doutrina da Fé, do Vaticano, com "desalento".

O pastor presidente da igreja brasileira, Walter Altmann, que também é o moderador do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), lembra, em nota, que a IECLB expressa na sua Constituição ter "vínculos de fé" com toda as igrejas que confessam a Jesus Cristo como Senhor e Salvador e mantém relações estreitas com as igrejas que compartilham seu compromisso ecumênico.

Assim, a IECLB "não nega a classificação de igreja a nenhuma das igrejas centradas na fé em Cristo, e tampouco passará a fazê-lo em relação àquelas igrejas que, em sua autodefinição, não a reconhecem como igreja em sentido pleno".

O documento do Vaticano reafirma, em 16 páginas, o primado absoluto da Igreja Católica, entendendo-se como "a única Igreja de Cristo, que no Símbolo confessamos como sendo una, santa, católica e apostólica". Mais adiante, o documento agrega: "Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele".

Em relação às igrejas nascidas da Reforma protestante do século XVI, o documento da Congregação para a Doutrina da Fé assinala que, segundo a doutrina católica, elas sequer podem ser chamadas de "igrejas", pois "não têm a sucessão apostólica no sacramento da Ordem e, por isso, estão privadas de um elemento essencial constitutivo da Igreja".

No compromisso ecumênico, frisa a nota assinada por Altmann, "o desalento deve vir acompanhado, ainda que com dificuldade, do pleno respeito à definição eclesiológica de cada igreja". A IECLB reconhece que o documento é dirigido ao público interno da Igreja Católica, mas não é de surpreender, afirma, que posições internas tenham repercussão nas demais igrejas, que "podem e devem externar suas próprias preocupações com o futuro do ecumenismo".

O reverendo Manoel de Souza Miranda, da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (IPU), que esteve com o papa Bento XVI em São Paulo, em maio, definiu o documento, em entrevista para a Folha de São Paulo, como "hostil ao ecumenismo". Ele espera que, apesar do constrangimento causado pelo texto, a Igreja Católica no Brasil continue sua trajetória no ecumenismo, pois trata-se de "um caminho irreversível, apesar das opiniões do Vaticano.

Para o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), o documento agora divulgado não traz "nenhum elemento novo que atinja a causa da unidade dos cristãos, pois são todos assuntos já postos na mesa dos diálogos ecumênicos".

O documento da Congregação para a Doutrina da Fé, em forma de perguntas e respostas, reporta-se ao que já foi expresso no documento "Dominus Iesus", divulgado em 2000. "As 'respostas’ mostram que Bento XVI continua firme em suas convicções de defender o Cristianismo contra o relativismo contemporâneo e para isto ele aponta para a Igreja Católica como a única que, através de sua continuidade histórica, é capaz de manter uma referência moral e religiosa da herança cristã", aponta o CONIC.

E complementa: "Ao afirmar isto, o papa indica que apenas na Igreja Católica estes valores podem ser encontrados de forma plena, pois nela subsistem os valores imutáveis do Cristianismo originário". Apesar da repercussão que o recente documento do Vaticano gerou, o CONIC convida todas as igrejas a continuarem a reflexão e a persistirem na oração pela unidade dos cristãos, cada um na sua identidade, mas abertos ao diálogo e partilha da fé.

O documento do Vaticano é “um passo atrás”, definiu para o portal de notícias da Globo o pastor Leonildo Silveira Campos, pastor da Igreja Presbiteriana Independente e professor na Universidade Metodista de São Paulo. Ele teme que o documento dê força a setores mais conservadores das igrejas cristãs, que não querem o diálogo ecumênico.

CMI reage ao documento do Vaticano

CMI/ALC, GENEBRA, Suiza, Julho 11, 2007

"Cada igreja é a Igreja Católica e não simplesmente uma parte dela. Cada igreja é a Igreja Católica, mas não a totalidade dela. Cada igreja realiza sua catolicidade quando está em comunhão com as demais igrejas", afirmou o secretário-geral adjunto do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Georges Lemopoulos, em nota emitida hoje pelo organismo ecumênico mundial.

A afirmação, tirada do documento “Chamados a ser uma só Igreja: Um convite às igrejas para que renovem seu compromisso de procurar a unidade e de aprofundar seu diálogo”, aprovado na 9a. Assembléia do CMI reunida em Porto Alegre em fevereiro de 2006, reflete a luta comum da comunidade de 347 igrejas membros por fazer visível sua unidade em Cristo.

Lembrar aquela declaração - diz o CMI - parece pertinente levando em conta o documento sobre as "Respostas a perguntas relativas a alguns aspectos acerca da Doutrina da Igreja", publicado ontem pela Congregação para a Doutrina da Fé, da Igreja Católica Romana.

Lemopoulos recorda que a 9a. Assembléia do CMI reafirmou "os avanços do movimento ecumênico" e alentou à comunidade de igrejas membros "a continuar neste caminho árduo mas prazeroso, confiando em Deus Pai, Filho e Espírito Santo, cuja graça transforma nossas lutas pela unidade em frutos de comunhão".

Assim como em 2000, quando a Congregação para a Doutrina da Fé publicou Dominus Iesus, o CMI afirmou a importância de um diálogo ecumênico autêntico e de um testemunho cristão comum sobre os problemas que o mundo enfrenta na atualidade.

O texto completo do documento da 9a. Assembléia do CMI "Chamados a ser Uma só Igreja" pode ser conferido em: http://www.wcc-assembly.info/es/tema-y-asuntos/documentos-de-la-asamblea/1-declaraciones-documentos-aprobados/unidad-cristiana-y-mensaje-a-las-iglesias/llamadas-a-ser-una-sola-iglesia-tal-como-fue-aprobado.html
Veja mais artigos de CMI/ALC

Verso e Voz - 13 de julho

Eis que os heróis pranteiam de fora, e os mensageiros de paz estão chorando amargamente. As estradas estão desoladas, cessam os que passam por elas; rompem-se as alianças, as cidades são desprezadas, já não se faz caso do homem. - Isaías 32.7-8

Sem a oração mental, seria virtualmente impossível para a humanidade frágil agüentar as lutas ferozes da vida religiosa. Você pode embriagar com doçura sua secura de coração, fazendo uso da água de oração tirada das fontes do Salvador. Como uma árvore que experimenta a seca desprende seus frutos imaturos e folhas, assim a alma que é privada do orvalho de oração produz trabalhos incompletos infectados com desgosto. - Ludovico Barbo, Form of Prayer (Forma de Oração), citada por Hugh Feiss em Essential Monastic Wisdom (Sabedoria Monástica Essencial)

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12 julho, 2007

A Igreja Metodista no Brasil e a encruzilhada entre Bento XVI e o G-12

Gente amiga,

Graça e Paz!

O Papa Bento XVI, como era de se esperar, continua aprontando das suas. Claro que por detrás da nota do Santo Ofício está não o dedo mas toda a mão de Bento XVI. O que mais me impressionou nesta última não foi a declaração da Igreja de Roma como a única verdadeira Igreja,mas sim de publicamente manifestar seu ódio contra Leonardo Boff, único teólogo católico contemporâneo que tem explicitamente citada no documento uma obra sua - Igreja, Carisma e Poder. Caramba, o cara não perdoa o Boff de verdade e de jeito nenhum!

Mas, deixando de lado a falta de amor (como se isso fosse possível a um cristão ou cristã), quanto ao conteúdo da mensagem, nada de novo no quartel de Abrantes, isto é, no Vaticano. Só explicita o que já está dito nos documentos eclesiológicos do Vaticano II. E nisso a nota está cem por cento correta. Somente quem não leu tais documentos estranha o conteúdo da mensagem, que aliás o Cardeal Ratzinger já em 2000 tinha exposto na sua Dominus Iesus. Nas minhas aulas de ecumenismo quando trato do Vaticano II e o ecumenismo peço aos alunos e alunas para lerem a Lumen Gentium e a Unitatis Redintegratio e identificarem o que que mudou e o que não mudou na eclesiologia católica no Vaticano II. E aí fica claro que a Igreja de Roma no Vaticano II não abriu mão de ser a única Igreja onde subsiste a verdadeira Igreja de Cristo.

O problema não é o conteúdo mas o contexto em que a mensagem é publicada. E aí que a coisa pega. É claro que o que está em jogo é a perda de poder que o catolicismo e todas as demais "mainline churches" estão sofrendo pelo mundo afora, inclusive a Metodista, com perda de membros e/ou de influência na sociedade, que é o caso daquelas que estão crescendo numericamente mas não conseguem conviver com o avanço dos direitos humanos individuais e sociais, como no caso das fundamentalistas e neo-pentecostais. É a luta contra a modernidade e a pós-modernidade. A luta contra a possibilidade de se suspeitar das verdades de cada uma dessas igrejas jura ser a revelação positiva da única verdade divina. Mas também para nós na América Latina, a mensagem tem de ser considerada no contexto da Conferência Episcopal de Aparecida onde fica claro o buraco que o pentecostalismo em suas diferentes versões tem aberto na Cristandade Católico-Romana da América Latina. Com as decisões de Aparecida é claro que o Catolicismo Romano Latino-Americano está pretendendo entrar para valer na competição pela clientela do mercado de bens religiosos e disputar com outras religiões, particularmente com o pentecostalismo, a parte que pensa lhe caber neste latifúndio religioso. Daí negar a eclesialidade de todas as demais Igrejas não Romanas, e, especialmente, as pentecostais. Ora, qualquer movimento ecumênico sério nos dias de hoje não pode deixar de reconhecer a legimitade eclesial de grande parte das Igrejas Pentecostais, mesmo que muitas vezes se venha discordar de suas práticas e doutrinas. Mas não, para estancar minha hemorragia, sangro o meu próximo! Aí é cada um por si e salve-se quem puder! Farinha pouca, meu pirão primeiro! Homessa, diria o Eça, eitcha lógica besta!

Sou ecumênico e continuarei a ser ecumênico não por causa disto ou daquilo que essa ou aquela Igreja diz ou deixa de dizer, faz ou deixa de fazer, principalmente do que a minha ou a Igreja de Roma pensa ou deixa de pensar! Sou ecumênico e continuarei ecumênico porque creio que esta é a vontade de Jesus Cristo expressa no Evangelho, e, no meu caso de metodista, porque o fundador da "minha seita", John Wesley, foi um homem de espírito católico, que sem abrir mão de suas profundas experiências e convicções teológicas que animaram todo o seu ministério de evangelista e avivalista, pensou e deixou os outros pensarem, ao ponto de discordando das doutrinas e práticas da Igreja de Roma, criticando-as radicalmente em diversos de seus escritos ao longo de seu ministério, no final de sua vida, no sermão "Sobre a Igreja" não ousar negar a eclesialidade da Igreja de Roma e excluí-la da Igreja Católica (Universal) de Cristo! Por isso, creio que não se pode nuncar esquecer que acima de tudo o Evangelho do Reino de uma nova vida foi vivido e proclamado por Jesus no meio dos pobres, dos doentes, dos endemoniados, dos herejes, dos réprobos, dos excluídos, das prostitutas e publicanos, marginalizados pela sociedade e religião de sua época.

Portanto, em fidelidade ao Evangelho e ao Metodismo Histórico, sou e continuarei sendo ecumênico! E não adianta os irmãos e irmãs anti-ecumênicas metodistas ficarem a bater palmas por causa da farrapada anti-ecumênica de Bento XVI e a pensar que agora se pode na Igreja Metodista "lançar uma pá de cal sobre os remanescentes amantes da Igreja Católica e do ecumenismo". Respeitando e defendendo veementemente o direito de termos opiniões diferentes sobre assuntos de doutrina e prática, creio que não é assim que vamos no espírito de Cristo resolver nossas diferenças. Se repugnamos veentemente o Santo Oficio Romano, com muita mais razão devemos repugnar o Santo Ofício Metodista, pois não foi caça às bruxas, de um lado ou de outro, que o Concílio Geral decidiu!

Ao mesmo tempo, contudo, o respeito à diferença não significa indiferença frente a doutrinas que ferem o metodismo histórico como é o caso do cripto-movimento G-12 crescente em diferentes regiões da Igreja Metodista brasileira, que, como se escondendo por detrás da prática wesleyana de pequenos grupos, acaba por instituir dentro de muitas igrejas locais uma eclesiologia da igreja em células "dentro da visão" e subordinadas e condicionadas às experiências desenvolvidas nos encontros com Deus, fora do ambiente da igreja local, mas que acabam por impor sua lógica à vida de nossas igrejas locais. Lideranças são marginalizadas e excluídas porque, por razão de consciência e fidelidade à proposta de uma igreja inclusiva de dons e ministérios, não aceitam submeter-se a tal lógica. O argumento de que o modelo de igrejas em células faz a Igreja crescer numericamente é frequentemente ouvido e justifica uma série de atropelos na vida de nossas igrejas locais. A lógica do que o que funciona é por si mesmo bom, não resiste à lógica do Apóstolo qando ele afirma "tudo me é lícito, mas nem tudo me convem"!

E ficamos nós metodistas brasileiros na mesma encruzilhada do primitivo metodismo norte-americano quando entre a escravatura e o crescimento da Igreja optou pelo crescimento numérico, preferindo ser uma igreja grande do que ser povo em santidade, tudo sob as vistas do Bispo Asbury que um dia teria dito que preferia ter uma igreja santa ao invés de uma igreja grande, e mais tarde se dobrou à lógica do por que funciona é certo. Entre nós mais uma vez se repete essa queda da graça, mais uma vez com o argumento do crescimento numérico, e tudo isto sob o guarda-chuva do programa de discipulado promovido pelo nosso Colégio Episcopal! Estamos cada vez mais engolfados pela tentação de ser uma Igreja grande ao invés de uma Igreja Santa. E nos esquecemos de grandeza não faz parte das marcas da Igreja, mas santidade sim!

E surpreendentemente, entre os irmãos e irmãs que atacam o ecumenismo muitos há que promovem ardentemente em suas igrejas e regiões a adoção do modelo G-12 das igrejas em células. Entretanto, creio que não se trata de demonizar a proposta do G-12, mas de deixar claro, como já o fez o Colégio Episcopal em outras circunstâncias, que se esta proposta é válida para outros grupos cristãos, ela não é e não pode ser a eclesiologia da Igreja Metodista no Brasil porque fere frontalmente a proposta de uma igreja em dons e ministérios que é inclusiva por reconhecer que todos os crentes, mulheres e homens, crianças, jovens, adultos e idosos, como diria Wesley, independente de seu grau de fé, somos todos parte do Povo de Deus. Portanto, nenhum pastor ou pastora, nenhum leigo ou leiga, tem permissão para promover dentro de nossas regiões e igrejas locais a adoção e desenvolvimento de qualquer prática eclesiástica que seja excludente.

No fundo a lógica de Bento XVI é a mesma dos defensores do G-12. O que for necessário se fazer para ou evitar-se a evasão de membros ou fazer a igreja crescer numericamente, é lícito e válido, não importando a que preço ou qualquer outra consideração eclesiológica e missionária. É por isto que tanto Bento XVI como nossos anti-ecumênicos e praticantes do cripto-G-12 têm uma comum agenda ultra-conservadora, quase ou totalmente fundamentalista, e compartilham causas comuns tanto no nível da Igreja como da sociedade. E todos que ousam não se pautar por tal agenda são considerados inimigos que devem ser varridos, como no caso de Boff ou como no caso de nossa participação metodista no CONIC.

No fundo ambos acreditam e praticam a guerra santa seguindo a lógica da Batalha Espiritual, tão em voga entre nós. É por isso que nossos anti-ecumênicos esfregam suas mãos radiantes com a declaração da Igreja de Roma sobre sua exclusiva eclesialidade, apregoam o fim do ecumenismo, e querem lançar uma pá de cal, claro que sobre o cadáver, de quem pensa diferente. A que ponto nós chegamos! Creio que todos nós que amamos a Igreja e queremos ver a paz reinar entre nós pautados pelo lógica da santidade de coração e vida, mediante o amor a Deus e ao próximo, de maneira particular aos "inimigos", devemos rejeitar a lógica da batalha espiritual, venha de onde vier.

Oro para que a Comissão Especial nomeada pelo Colegio Episcopal para assessorá-lo no encaminhamento da questão ecumência entre nós, não se deixe levar nem pela lógica de Bento XVI nem pela lógica daqueles que querem varrer da Igreja os que creêm que o metodismo é por natureza ecumênica e, a exemplo de Wesley, rejeitam negar a eclesialidade da Igreja de Roma apesar de suas errôneas doutrinas e práticas anti-biblicas.

No amor de Cristo,

Paulo Ayres Mattos
Bispo Emérito da Igreja Metodista
Paulo Ayres Mattos

Documento aponta Igreja Católica como a única 'plena'

Texto da Congregação para a Doutrina da Fé deve ser golpe contra ecumenismo. Obra reforça posição do Papa de que protestantes não são 'igreja' de verdade.

Pelo visto, o Papa Bento XVI não se intimidou pela polêmica causada por um dos documentos que publicou quando era cardeal. O Vaticano deve divulgar nesta terça (10) um novo texto no qual as conclusões do então cardeal Ratzinger sobre as demais igrejas cristãs são reforçadas: elas seriam, por assim dizer, organizações "incompletas" do ponto de vista da fé, enquanto a Igreja Católica seria a única a reunir todos os requisitos da comunidade fundada originalmente por Cristo e seus apóstolos.

Trata-se de um documento curto - três parágrafos introdutórios, mais cinco perguntas e respostas -- com título prolixo: "Respostas a quesitos relativos a alguns aspetos da doutrina sobre a Igreja". Conforme adiantou um portal católico de notícias, o italiano "Korazym.org" (http://www.korazym.org/), bem como uma reportagem no diário italiano "Il Giornale", o texto retoma o polêmico documento "Dominus Iesus", de responsabilidade de Ratzinger, divulgado no ano 2000.

Assim como o "Dominus Iesus", o novo texto também é obra da Congregação para a Doutrina da Fé, a antiga casa do atual Papa no Vaticano e o órgão responsável pela pureza teológica do catolicismo. As perguntas e respostas são assinadas pelo atual prefeito da congregação, o cardeal americano William Levada, e por seu secretário, monsenhor Angelo Amato, e chegam com a aprovação oficial de Bento XVI.

Foi no "Dominus Iesus" que Ratzinger se notabilizou por defender a posição de que os cristãos não-pertencentes à Igreja Católica estavam em situação "deficiente" ou "defeituosa" na sua busca por salvação quando comparados com seus companheiros católicos. Para muitos teólogos, a afirmação pareceu um retrocesso quando comparada às posições da Igreja no Concílio Vaticano II, o encontro que definiu os rumos do catolicismo no século 20 e iniciou uma abertura a mudanças.

No documento "Lumen Gentium", promulgado pelo concílio em 1964, firmou-se a posição de que "a verdadeira Igreja de Cristo subsiste na Igreja Católica". O termo "subsiste" passou a ser interpretado como um reconhecimento tácito de que outras comunidades cristãs também tinham parte na herança da "Igreja de Cristo", embora o catolicismo fosse, por assim dizer, a principal remanescente dessa herança original.

Jogo de palavras

O novo documento, no entanto, deve declarar que seu propósito é apresentar "o significado autêntico de algumas expressões eclesiológicas [referentes à identidade da Igreja] usadas pelo Magistério [o ensinamento oficial católico] que são abertas a mal-entendidos no debate teológico". Segundo o novo texto, a Igreja Católica deve ser considerada a única a possuir "todos os elementos da Igreja instituída por Jesus".

É a presença de alguns desses elementos que, ainda segundo o texto, permite que os cristãos ortodoxos sejam considerados também membros de "igrejas": eles teriam mantido a sucessão ininterrupta de bispos desde o tempo dos apóstolos (muitos dos quais supostos fundadores das igrejas do Oriente) e os mesmos sacramentos do catolicismo, como a eucaristia e a ordenação dos sacerdotes.

Como as igrejas surgidas depois da Reforma Protestante teriam quebrado essa "sucessão apostólica" e deixado de lado os sacramentos tradicionais, eles não poderiam ser consideradas igrejas verdadeiras, mas simples "comunidades cristãs".

O que tudo isso significa, na prática? Em primeiro lugar, que a guerra de Bento XVI contra o relativismo continua firme. A divulgação do documento revela uma estratégia coerente do Papa para fazer da Igreja a portadora de uma referência religiosa e moral única, como guardiã da herança cristã. De acordo com esse ponto de vista, não se pode igualar todas as religiões cristãs e colocá-las no mesmo saco, sob pena de tirar dos fiéis (em especial os católicos, claro) uma noção clara e sem ambigüidades de qual é o caminho correto a seguir.

Em segundo lugar, reafirma-se a idéia de que o catolicismo é o único meio pelo qual se pode alcançar a salvação espiritual com a ajuda da fé em Jesus Cristo. Teologicamente, porém, isso não significa que os outros cristãos, ou mesmo os seguidores de religiões não-cristãs, estão automaticamente excluídos dessa salvação, mesmo que não se convertam ao catolicismo. Difícil de entender?

A explicação vem da idéia de "deficiência" ou "defeito" expressa pelo documento "Dominus Iesus". A doutrina defendida por Bento XVI considera que os não-católicos teriam mais dificuldade (uma "deficiência" mais branda no caso dos cristãos, mais pesada no dos não-cristãos) para a busca do bem e da verdade que leva à salvação do homem. No entanto, se eles seguirem o caminho correto apesar disso, eles seriam, na prática, "adotados" por Cristo e pela Igreja. Resta saber se esse detalhe teológico será suficiente para evitar as reações entristecidas das igrejas protestantes, como as que se seguiram à publicação de "Dominus Iesus" no ano 2000.

Fonte: Portal de Notícias da Globo

Verso e Voz - 12 de julho

Concede ao rei, ó Deus, os teus juízos e a tua justiça, ao filho do rei. Julgue ele com justiça o teu povo e os teus aflitos, com eqüidade. Os montes trarão paz ao povo, também as colinas a trarão, com justiça. Julgue ele os aflitos do povo, salve os filhos dos necessitados e esmague ao opressor. - Salmos 72.1-4

[Jesus] diz que é paciente e humilde de coração, não porque era submisso à opressão, mas porque poderia resistir naquela luta. - Professor na aldeia de Papaturro, Citado por Charles Ringma em Cry Freedom (Grita Liberdade)

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11 julho, 2007

Crianças pedem paz e cumprimento das metas do milênio

PORTO ALEGRE, 11 de julho (ALC) – Cerca de 400 crianças com idade entre dois e 11 anos percorrerão, amanhã, ruas desta capital portando cartazes e exclamando palavras de ordem, numa mobilização que quer conscientizar os adultos sobre a necessidade da construção de uma cultura da paz pautada no respeito às Metas do Milênio estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2000.

A “Passeata pela Paz” integra as atividades do 16. Congresso Infantil, evento organizado pelo Colégio Metodista Americano de Porto Alegre entre hoje e amanhã. Este ano, as atividades do Congresso estão focadas no cumprimento das “Oito Metas do Milênio” assumidas pelos países membros da ONU com o intuito de enfrentar os desafios globais mais urgentes nos campos econômico, social e ambiental.

Em entrevista à ALC a coordenadora da Educação Infantil e das séries iniciais do Colégio Americano, professora Débora Heineck, disse que o Congresso Infantil pretende oferecer perspectivas práticas e sociais à educação, que, em muitos casos, fica restrita ao ensinamento puro e simples dos conteúdos.

Heineck enfatizou a importância dos alunos poderem refletir sobre a situação social brasileira para que, desde muito cedo, possam também exercitar a participação cidadã. “Considero importante que nossos alunos tenham contato com as outras realidades sociais que os cercam e compreendam, por exemplo, os motivos que levam crianças a venderem jornais nos semáforos das grandes cidades”, assinalou.

Além da “Passeata pela Paz”, as demais atividades do Congresso oferecem oportunidade às crianças de manifestarem pontos de vista em relação às temáticas debatidas através da elaboração de peças teatrais, confecção de pequenos jornais e apresentações artísticas.

O evento é promovido e sediado pelo Colégio Metodista Americano e reúne, além dos alunos da Educação Infantil até a 5. série do Ensino Fundamental da escola, estudantes dos Colégios Metodistas União, de Uruguaiana, e Centenário, de Santa Maria. As instituições de ensino público Rio Branco e Roque Calage, de Porto Alegre, e os pequenos da Casa de Assistência à Criança da Igreja Metodista (CACIM) também participam das atividades.

O itinerário previsto para a caminhada segue das dependências do Colégio Americano até a Igreja Metodista Wesley, onde será celebrado culto infantil ministrado pelo pastor Nivaldo Francisco Dias.

Dentre as temáticas contempladas nas “Oito Metas do Milênio” estão questões relativas à igualdade de gênero, trabalho infantil, inclusão social, educação básica, saúde das gestantes, redução da mortalidade infantil, preservação dos recursos naturais e combate às doenças sexualmente transmissíveis (DST).

“É claro que algumas dessas questões são tratadas de modo superficial com os pequenos, mas nosso objetivo maior é incutir nos alunos a força das ações conjuntas para a transformação da realidade social”, avaliou Heineck.

O primeiro Congresso Infantil foi realizado em 1992, logo após a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com o tema “A situação da Criança no Brasil”. Desde lá várias foram as temáticas debatidas: discriminação racial, trabalho infantil, direitos humanos, inclusão social, questão indígena, e o próprio ECA.

Este ano, ao discutir “As oito metas do milênio”, o Congresso Infantil completa uma espécie de síntese das questões tratadas em edições anteriores. Os preparativos para a edição deste ano envolveram trabalhos realizados tanto na disciplina de matemática quanto na de filosofia, passando pela história, língua inglesa, ensino religioso e geografia.
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Verso e Voz - 11 de julho

Quando, no teu campo, segares a messe e, nele, esqueceres um feixe de espigas, não voltarás a tomá-lo; para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva será; para que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em toda obra das tuas mãos. - Deuteronômio 24.19

Porque as pessoas não somente precisam de comida, mas também precisam do toque de uma mão, o som de uma voz. A comida dura somente um dia, mas o amor é para sempre. - Madre Teresa

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10 julho, 2007

Verso e Voz - 10 de julho

Assentado diante do gazofilácio, observava Jesus como o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos depositavam grandes quantias. Vindo, porém, uma viúva pobre, depositou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante. E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes. Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento. - Marcos 12.41-44

A medida do progresso de uma sociedade não é se pode dar mais àqueles que têm mais, mas se pode providenciar o necessário àqueles que têm menos. - David Lim

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09 julho, 2007

Verso e Voz - 09 de julho

O homem pobre que oprime os pobres é como chuva que a tudo arrasta e não deixa trigo. - Provérbios 28.3

Ó Deus, para aqueles e aquelas que têm fome dê pão; e para nós que temos pão dá-nos fome para a justiça. - Uma Oração Latino-americana, Citada por Charles Ringma em Cry Freedom (Grita Liberdade)

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08 julho, 2007

Verso e Voz - 08 de julho

O generoso será abençoado, porque dá do seu pão ao pobre. - Provérbios 22.9

Oração e meditação têm uma parte importante para abrir maneiras novas e horizontes novos. Se sua oração não é a expressão de um desejo profundo e inspirado em graça para a novidade na vida – e não o mero acréscimo cego para o que sempre esteve familiar e “seguro” - Deus agirá em nós e através de nós para renovar a Igreja preparando, em oração, o que ainda não podemos imaginar ou entender. Desta maneira nossa oração e fé hoje serão orientadas para o futuro que nós mesmos nunca podemos ver completamente realizadas na terra. - Thomas Merton, Contemplation in a World of Action (Contemplação num Mundo de Ação)

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